ontem, dia 1 de Novembro, foi o dia mundial do respeito pelos animais.
o debate sobre a relação entre os animais e a população humana não é recente. no entanto, pensar o conceito de dignidade no seio deste debate assume contornos bastante contemporâneos, implicando uma reconstrução necessária da ideia de "direitos dos animais". ao nível do senso comum, os animais têm um conjunto de direitos que a priori de uma reflexão mais profunda resultam numa clara evidência. contudo, os animais não vivem sozinhos, imunes às práticas culturais, económicas, políticas de quem também habita o mundo. se pensarmos na interacção mais antiga e mais recente entre os humanos e os animais num mesmo meio que é o planeta Terra, essa evidência (que os animais têm direito a ter direitos) rapidamente cai por terra. será que só os humanos têm direito a ter direitos? (a questão da universalidade dos direitos humanos é outra temática para outro post)
o que eu acho que nós, humanos, podemos fazer pelo respeito pelos animais passa, em primeiro lugar, pela consciência de que (e buscando a definição hindu de direitos humanos, dharma) a natureza e os homens partilham um mesmo meio, o cosmos, e é para com este meio que os indivíduos se situam (num todo). ou seja, longe da concepção ocidental de direitos humanos que garante apenas direitos a quem tem deveres, (e daí a natureza - incluindo os animais- não ter direitos porque não lhes são impostos deveres) há que pensar que os humanos se situam num todo com o qual estabelecem relações de harmonia e bem estar e não só entre indivíduos ou só para com a sua sociedade.
o debate sobre a relação entre os animais e a população humana não é recente. no entanto, pensar o conceito de dignidade no seio deste debate assume contornos bastante contemporâneos, implicando uma reconstrução necessária da ideia de "direitos dos animais". ao nível do senso comum, os animais têm um conjunto de direitos que a priori de uma reflexão mais profunda resultam numa clara evidência. contudo, os animais não vivem sozinhos, imunes às práticas culturais, económicas, políticas de quem também habita o mundo. se pensarmos na interacção mais antiga e mais recente entre os humanos e os animais num mesmo meio que é o planeta Terra, essa evidência (que os animais têm direito a ter direitos) rapidamente cai por terra. será que só os humanos têm direito a ter direitos? (a questão da universalidade dos direitos humanos é outra temática para outro post)
o que eu acho que nós, humanos, podemos fazer pelo respeito pelos animais passa, em primeiro lugar, pela consciência de que (e buscando a definição hindu de direitos humanos, dharma) a natureza e os homens partilham um mesmo meio, o cosmos, e é para com este meio que os indivíduos se situam (num todo). ou seja, longe da concepção ocidental de direitos humanos que garante apenas direitos a quem tem deveres, (e daí a natureza - incluindo os animais- não ter direitos porque não lhes são impostos deveres) há que pensar que os humanos se situam num todo com o qual estabelecem relações de harmonia e bem estar e não só entre indivíduos ou só para com a sua sociedade.
É mais que certo que diferentes culturas têm diferentes visões do mundo e diferentes modos de se relacionarem com ele, e logo, com os animais. Mas o que é transversal a todas as culturas é a relação de proximidade que desenvolvem com os animais. E é aí que pode surgir o ponto de partida para a tentativa de reconstruir a questão dos direitos dos animais, estudando caso a caso, idealmente, cultura a cultura.
o documentário "Earthlings", realizado pela organização Nation Earth, pretende alertar para a ideia de que não é possível vermos os animais à medida dos homens. caso contrário, podemos estar a assistir (e a compactuar com) a outro tipo de holocausto, tão válido como aqueles que a história já registou.
Site oficial: http://www.isawearthlings.com/
o documentário "Earthlings", realizado pela organização Nation Earth, pretende alertar para a ideia de que não é possível vermos os animais à medida dos homens. caso contrário, podemos estar a assistir (e a compactuar com) a outro tipo de holocausto, tão válido como aqueles que a história já registou.
Site oficial: http://www.isawearthlings.com/
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