Navegamos por águas longe e pelo nevoeiro.
A bordo do nosso navio fantasma SOMOS O QUE SOMOS
e ao nosso redor apenas o chapinhar das águas
misteriosamente calmas
de encontro ao casco nos impressiona e informa.
Acreditamos que jamais o homem será escravo
enquanto houver um só Poeta, isolado e ignorado que seja,
a reclamar a si mesmo a decisão ou indecisão magníficas.
O homem não é um «animal». Esta catalogação é um erro da Biologia.
Agrada-me profundamente saber que eu estou num ponto do Universo
que necessita ser esticado para o lado de fora,
quero dizer: para a minha frente.
Se rebentar é a minha mais profunda aspiração que foi satisfeita!
O Futuro é tão antigo como o Passado.
E ao caminharmos para o Futuro é o Passado que conquistamos!
[…]
António Maria Lisboa (1928-1953)
Poesia
para o meu avô Marcolino
(avô gordo, estou muito feliz)
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Certos Outros Sinais
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