quinta-feira, 6 de setembro de 2007

notas de campo em férias II



Da Lagoa de Santo André para Porto Covo

9 de Agosto


moinhos de vento tão perto, Sines ao fim da tarde, Porto Covo, campismo-enclave, comunidade nativa, a procura de sítio para a tenda, a vizinha russa, fome, iscas de fígado, pão alentejano, Super Bock versus Sagres, empregada caboverdiana de rabo espetado, música brasileira, dançar e olhar, dormir apertadinhos, Ana e Lisboa, mudar de sítio, confusão, café no jardim, pastel de nata, Internet, hambúrguer com batatas fritas e caipirinha tipo limonada,"Ana!" a praia dos Banhos e as grutas, o medo de descer as escarpas, a senhora informante "eu trazia p'ra qui os meus filhos e punha-os a descer isto tudo!", a maré baixa e o grande areal, voltar para tomar banho, as vitaminas da salada de frutas para a Joana, o pão com paio para a Ana, o bolo enjoativo de pinhões e açúcar cristalizado para o Pedro e Cristina, beber e dançar, dormir, mercado, orégãos colhidos no monte pela velhota e netos, as ameixas cheirosas, o queijinho fresco, a grandiosidade do Cabo Sardão, fotografias e balizas, “Pedro!”, almoço na mesa de pedra, o cão esfaimado, à procura do depósito d’água, café com azívias, o cão embalsamado da mercearia, praia do Cavaleiro, albatroz ferido salvo pelo corta-unhas do Pedro!, agitação, voltar, emissões de rádios locais e cantarolar no carro, lanche de choquinhos fritos e polvo ensalsado, pão alentejano com muito azeite, à espera da Rita!, massada de peixe, conversas, noite, dançar, padaria e queques noctívagos, vizinhos com brasas a arder, inquietação, dormir, desmontar tenda, trouxa a mais!!!!!, partir para sul, Dead Combo e a paisagem alentejana, Until the end of the World e a Costa Vicentina, Nick Cave e a calma há tanto tempo desejada.