fotografia de Marília Campos
apetece partilhar aquilo a que chamam de solidão
numa mesa de café
numa cidade a que não se conhecem os atalhos,
as pessoas, os hábitos.
assim se mastiga o tempo
temperado com vida.
apetece olhar para a maneira de olhar,
os modos de estar, de sorrir, de pentear, de dançar
Aquela (minha) dança,
os modos de fugir, de esconder o que não se consegue ter
para se ser feliz.
apetece viajar, desvendar as cadeiras onde se senta
a espera dura de um presente construído, passo a passo,
aquela lágrima que hidrata.
apetece perguntar como é lá...
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