fotografia de Bogdan Zwir
Extenso e capaz de ser forte
Sem pudor e engasgo
Olhar em frente, de frente
Naquela ignorância que me faz caminhar sem medo.
Confio no tom processual das coisas
No fazer de cada passo, transparente até onde o pode ser,
Na respiração ofegante de uma corrida para alguma coisa
Que me exige a compreensão do que está para lá daqui.
Enxugar o suor como a prova de estar viva,
Adormecer a dor.
Penso naquilo que disse quando me magoo
Profundamente
E no resto que apenas pensei.
O choro é seco e áspero e sangra a pele quando por ela passa,
Trespassa.
O sorriso inventa novas formas de acomodar aquilo que vou vendo,
E o que não vou entendendo.
A realidade que construo é uma aguarela de azul
A fugir para o verde, sempre que posso.
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