Gregor transformou-se em barata gigante. Eu não: fiz-me aranhiço,
tão leve que uma leve brisa o faz oscilar no seu fio de baba lisa.
Até que, contra a lei da natureza, creio que tenho peso negativo,
e me elevo ao ar se me não prendo ao canto mais escuro desta ilha.
Quando descer à teia derradeira não se verá no mundo alteração, ou só
talvez alguma mosca mais contente. Em noites de luar, na alta esquina,
ficará a brilhar, mas sem ser vista, a estrela que tracei como armadilha.
António Franco Alexandre
Aracne
2004
2 comentários:
aranhas e suas teias... estão por todo lado... à espreita!
até amanhã! (?)
bj
sim, até amanhã!(no sítio do costume)
teias e lua cheia....
bj.
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