sexta-feira, 14 de setembro de 2007

um olhar



na imensidão do que se apresenta em volta
há corpos que se expressam no momento em que
supostamente
ninguém se atenta a olhá-los,
desfocá-los para assim os traduzir.
no entanto é nesse momento de engano consentido
que a honestidade rompe o colete de lantejoulas
e oferece a quem não desiste de querer ver
um outro corpo
tão deliberadamente escondido
tão humanamente construído.

é naquele olhar para dentro que (te) vou vendo,
procurando aos poucos.




1 comentário:

Unknown disse...

há algo cómico no esconder de lantejoulas... que dá nas vistas...