chove aqui dentro
do meu corpo.
antes
era o orvalho
que permanecia na noite
receosa e esquiva
encobrindo a veste
cinzenta da solidão sentida
a dois
sempre presente em dois corpos
sem âncoras
e
sem rumo.
estes
andam à deriva
nas profundezas dos oceanos.
anseiam atracar
mas longe do encontro com rochas
escarpadas
insinuadas
sob a grandeza dos mares.
chove cá dentro
num corpo só
preso numa casa cercada de cortinas de gesso.
do meu corpo.
antes
era o orvalho
que permanecia na noite
receosa e esquiva
encobrindo a veste
cinzenta da solidão sentida
a dois
sempre presente em dois corpos
sem âncoras
e
sem rumo.
estes
andam à deriva
nas profundezas dos oceanos.
anseiam atracar
mas longe do encontro com rochas
escarpadas
insinuadas
sob a grandeza dos mares.
chove cá dentro
num corpo só
preso numa casa cercada de cortinas de gesso.
não sei nadar
e chove cá
dentro.
e chove cá
dentro.
imagem: Amano, Hiten Collection
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